domingo, 4 de novembro de 2007

Milhões de crianças sujeitas a exploração sexual

Um documento da organização humanitária "Save the Children" apelou ontem aos líderes mundiais para que actuem no sentido de acabar com a escravatura infantil. No seu mais recente relatório são descritas as formas de exploração, maus tratos e abuso a que são sujeitas milhões de crianças em todo o mundo.
O documento "As Pequenas Mãos da Escravatura" revela que 1,2 milhões de crianças são anualmente vítimas de tráfico e 1,8 milhões são vítimas de abusos como a prostituição, pornografia ou turismo sexual. Também milhões são forçadas a trabalhar em condições terríveis para pagar dívidas, enquanto um milhão arrisca a vida em minas que laboram em mais de 50 países de África, Ásia e América do Sul.

Na Índia, por exemplo, a organização estima que haja 15 milhões de menores obrigados a trabalhar para pagar dívidas de outras pessoas. Em alguns casos, a exploração é dirigida contra crianças que nem saíram da primeira infância e às quais são impostas tarefas pesadas.


Segundo a directora da organização, Jasmine Whitebread, a "escravatura infantil é uma dura realidade para milhões de crianças e os governos não fazem o suficiente para responder a este problema".

"Os líderes mundiais têm de actuar urgentemente para acabar com a escravatura infantil e aplicar leis e recursos necessários para erradicar estas práticas terríveis", frisa. A organização internacional reconhece também que mais de 300 mil menores de 15 anos são usados como soldados.

O caso mais flagrante foi identificado na República Democrática do Congo, onde estão detidas 11 mil crianças por grupos de combatentes. Mas Angola, Afeganistão, Serra Leoa e Sri Lanka também fazem parte da lista.O casamento forçado é outra das formas de escravatura.

Em todo mundo são obrigadas a casar mais de cem milhões de meninas antes dos 18 anos, algumas deles têm apenas quatro anos. Em todo o mundo há ainda milhões de crianças que trabalham quase 15 horas por dia no serviço doméstico, sem qualquer possibilidade de irem à escola.

(Com Rádio Vaticano)


Fonte: Agência de Notícia da Igreja Católica em Portugal - Agência Ecclesia

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